A viagem que Tales fez
ao Egito, no século VI a.C. , marcou o início da Geometria Grega
e na história ficou registrado o deslumbramento do sábio de Mileto
diante da Grande Pirâmide de Queops. Construída por volta de de
2.650 a.C. e empregando cerca de 2.000.000 de blocos de pedra calcária,
alguns deles com 20 toneladas de peso, aquela pirâmide eleva-se
a uma altura da ordem de 146 metros. Encontram-se frente a frente,
uma das sete maravilhas do mundo antigo e um dos sete sábios da
Grécia. "Que altura terá esse monumento?" perguntou-se
o pai de todos os geômetras. Para responde-la, empregou um método,
por ele mesmo criado e que ainda hoje nos cativa pela sua simplicidade
e precisão: plantou sobre a areia, verticalmente, um bastão de madeira,
cujo comprimento conhecia, e mediu-le a sombra. Após medir a sombra
da pirâmide, deduziu-lhe a altura, porque sombras e alturas, tanto
em piramides quanto em bastões, quaisquer que sejam seus tamanhos,
são proporcionais. No momento em que a altura de um bastão é igual
à sua sombra, a altura da pirâmide também será igual à sombra do
monumento. Esta proporcionalidade entre alturas e sombras constitui
a essência daquilo que hoje se aprende na escola sob a denominação
Teorema de Tales
e, 26 séculos depois, durante a corrida espacial, os cientistas
da NASA ainda avaliavam alturas de montanhas na lua e em Marte através
de suas respectivas sombras obtidas em fotografias
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